Então aos seis anos Vítor é um garoto sem neuras, feliz, "bem comportado", um orgulho p/ mãe dele...
Quando nasceu Vítor ganhou 9,5 na escala de Apgar porque uma das orelinhas não havia aberto completamente ainda. E assim ele cresceu. Uma das orelinhas dele era normalíssima e a outra de abano. Fiz de tudo, coloquei faixa, esparadrapo, mas a orelinha continuou viradinha.
Com medo do mundo cruel dos comentários infantis, aos cinco perguntei p/ pediatra como era a operação de correção. Ela muito surpresa, me disse:
_"Mas Vanessa, isso incomoda a ele? Ele é tão lindo, todos olham esses olhos lindos e nem reparam na orelha. Deixa isso p/ lá, o pós operatório é muito chato, não vale a pena."
OK. Era verdade tudo aquilo... me conformei e vida que segue.
Um belo dia Vítor reclamou de dor no ouvido. Examinei não ví nada de incomum, ele não estava indo a piscina, ou seja, não havia nada que indicasse qualquer inflamação. Então congecturei: _ Você deve ter coçado e machucado o ouvidinho, vamos esperar p/ ver se essa dorsinha continua."
Vítor aceitou e foi tomar banho, daí escutamos um grito vindo lá do banheiro:
_"Mãe! Minha orelha está maior que a outra!" Descobrindo sua orelhinha de abano.
E eu respondi lá da cozinha:
_"Vítor você nasceu assim meu amor!"
_"Ha bom..." disse ele.
Mundo masculino... é tão mais fácil... o assunto acabou aí, não é simples?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Família, amigos e anônimos afins, deixem aqui seus comentários, suas sugestões e suas estórias também. Estamos aguardando por vocês!